quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O REI FIDELÍSSIMO





S.M.F. o Sr. D. Miguel I foi um confessor da fé e um mártir da tradição!

Um dos grandes males do nosso tempo é a indefinição. Sinto, mais uma vez, a obrigação indeclinável de ser claro. Proclamando o que tenho por verdadeiro, fico em paz comigo. Os que me lerem, hão-de dar às minhas palavras o valor que entenderem. Entretanto, para mim sobejará sempre algo que não me podem tirar: a quietude resultante da consciência do dever cumprido.

Assim, direi:

Uma tragédia tem de ser lamentada, mas não pode nunca servir para alimentar um mito. Isso será emotividade e ingenuidade, quando não for uma grande dose de hipocrisia. Não continuem, pois, a cansar-nos com prantos e queixumes de velhas carpideiras, à volta de um sucesso certamente infausto, vivido entre nós há pouco mais de um século.

A monarquia em Portugal finou-se no ano de 1834; deixaram-na em câmara ardente por algum tempo ainda; chegado 1910, armaram-lhe o enterro. O mais é salvatério!


Joaquim Maria Cymbron