quantos são os de Tua casa
e quem, por desgraça tremenda
não entrará nessa mansão.
Eu apenas sei, meu Senhor e meu Deus,
que nunca poderá, o que é fugaz,
medir os Teus sábios decretos;
nem há-de a nossa pobre condição,
cega de feia e infernal soberba,
debater a Tua vontade soberana.
Nisto, como em tudo o mais,
agora, depois e eternamente,
bastar-nos-á a glória infinita
do Teu nome santo e imaculado,
que um dia se ouviu sobre o Horeb,
quando falaste a Moisés, Teu eleito.
Que nos deves, Senhor, ou que há
que não seja criatura Tua?
Quanto somos de Ti o recebemos,
por onde claramente se vê
que temos de cantar os Teus louvores,
num hino da mais pura melodia.
O drama do calvário, Senhor,
com eloquência tinta de sangue,
àqueles que fomos postos em desterro
pela culpa, de que nos redimiste,
mostra como a Tua misericórdia
vai mais além dos braços que, na cruz,
abriste a todos nós, pecadores,
sem que a Tua justiça fique atrás.
Diante do amor, que nos continuas a dar,
confesso, Senhor, que só me aflige
andar esperando a minha felicidade,
em lugar de querer-Te por Ti mesmo!
Quaresma, 2008
Joaquim Maria Cymbron
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