A teoria do mal menor é uma teoria válida. Mas de que muitas vezes se abusa com grande impudência.
Rarissimamente, na qualidade de elemento do povo soberano, usei o direito de escolher o vassalo que me havia de governar. Quer dizer: votei muito poucas vezes.
Se bem me recordo, desde o 25 de Abril, fi-lo ao todo umas seis vezes: duas foram contra o aborto; e as outras quatro deram-se em dois momentos distintos, porque decorriam simultaneamente legislativas e autárquicas, e mais tarde, legislativas e europeias.
Contra o aborto, votei porque se decidia claramente entre civilização e barbárie; nas outras, agi ao sabor da teoria do mal menor.
Na defesa da vida intrauterina, como muitos outros Portugueses, saí derrotado porque o Governo resolveu liberalizar o aborto, por via parlamentar, uma vez que a consulta referendária não fora vinculativa. Fez isto ao arrepio do que prometera. E já agora vem a talhe de foice lembrar o seguinte: desde 05JUL07, o Tribunal Constitucional tem, sob a sua alçada, um requerimento de deputados da AR, no qual estes pedem a declaração de inconstitucionalidade da Lei do Aborto, que o Governo promulgou com a perfídia já assinalada.
Das outras vezes em que votei, tive a confirmação de que a teoria do mal menor exige uma análise muito cuidada, antes de a aplicarmos. Trinta e cinco anos é tempo mais que suficiente para medir bem este melindroso problema. E ou achamos que já passou a altura de escolher o mal menor, ou pensamos que esse é o caminho. Num ou noutro caso, devemos extrair as ilações que se impõem.
Eu, como não sou democrata, não me atrevo a indicar ao povo soberano o rumo que há-de tomar. Limito-me a dizer: Portugal não se serve com o mal menor; Portugal é, logo abaixo de Deus, o maior bem que temos enquanto vivermos. E é um património histórico de tal grandeza, que temos de o recuperar de mãos usurpadoras, para o restaurar e deixar intacto aos vindouros.
Portugal espera o melhor de cada um dos seus legítimos filhos!
Rarissimamente, na qualidade de elemento do povo soberano, usei o direito de escolher o vassalo que me havia de governar. Quer dizer: votei muito poucas vezes.
Se bem me recordo, desde o 25 de Abril, fi-lo ao todo umas seis vezes: duas foram contra o aborto; e as outras quatro deram-se em dois momentos distintos, porque decorriam simultaneamente legislativas e autárquicas, e mais tarde, legislativas e europeias.
Contra o aborto, votei porque se decidia claramente entre civilização e barbárie; nas outras, agi ao sabor da teoria do mal menor.
Na defesa da vida intrauterina, como muitos outros Portugueses, saí derrotado porque o Governo resolveu liberalizar o aborto, por via parlamentar, uma vez que a consulta referendária não fora vinculativa. Fez isto ao arrepio do que prometera. E já agora vem a talhe de foice lembrar o seguinte: desde 05JUL07, o Tribunal Constitucional tem, sob a sua alçada, um requerimento de deputados da AR, no qual estes pedem a declaração de inconstitucionalidade da Lei do Aborto, que o Governo promulgou com a perfídia já assinalada.
Das outras vezes em que votei, tive a confirmação de que a teoria do mal menor exige uma análise muito cuidada, antes de a aplicarmos. Trinta e cinco anos é tempo mais que suficiente para medir bem este melindroso problema. E ou achamos que já passou a altura de escolher o mal menor, ou pensamos que esse é o caminho. Num ou noutro caso, devemos extrair as ilações que se impõem.
Eu, como não sou democrata, não me atrevo a indicar ao povo soberano o rumo que há-de tomar. Limito-me a dizer: Portugal não se serve com o mal menor; Portugal é, logo abaixo de Deus, o maior bem que temos enquanto vivermos. E é um património histórico de tal grandeza, que temos de o recuperar de mãos usurpadoras, para o restaurar e deixar intacto aos vindouros.
Portugal espera o melhor de cada um dos seus legítimos filhos!
Joaquim Maria Cymbron
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