Greve, para os puristas da língua, é galicismo. Num
portugês estreme devia dizer-se parede em lugar de greve. Ora uma
parede dá logo ideia de separação, de divisão.
Quando ouvimos
falar que, entre duas pessoas unidas por laços de amizade, se levantou um muro
ou uma parede, tal notícia pode significar muita coisa menos a continuação de
boas relações. Isto, no mínimo.
De forma
análoga, a greve desencadeada (ou
levantada a parede, como se prefira) mostra que a boa paz e harmonia social se
deterioraram e só vem exacerbar um estado mórbido, contribuindo assim para que
todo o edifício económico abale.
Há menos de um
mês, o STAL convocou à greve. Parece que teve resposta muito
ampla. E proveito? Se o houve, para quem foi?
Esta greve é apenas um minúsculo episódio
numa história mais que centenária. Por isso, não será dela que se vai tratar.
Foi mera ocasião das reflexões que seguem.
Convém distinguir a greve que se desenvolve para alcançar
melhores condições de trabalho, daquela que se fica por exigir salários mais
altos.
A bondade da primeira ainda se pode debater. É, indiscutivelmente, uma medida a tomar in extremis, e que se deve aceitar como recurso de legítima defesa dos direitos ameaçados. Porém, à semelhança desta, só é de pôr em prática quando obedece aos mesmos requisitos: justa causa; organização claramente definida; recta intenção; e, por fim, necessidade e proporcionalidade do meio que é empregue.1
Sobre a greve como meio de combate a reivindicar melhores salários, é que se discorrerá e, a seu respeito, pergunta-se:
A bondade da primeira ainda se pode debater. É, indiscutivelmente, uma medida a tomar in extremis, e que se deve aceitar como recurso de legítima defesa dos direitos ameaçados. Porém, à semelhança desta, só é de pôr em prática quando obedece aos mesmos requisitos: justa causa; organização claramente definida; recta intenção; e, por fim, necessidade e proporcionalidade do meio que é empregue.1
Quanto ao segundo tipo de greves, desde
já se dirá que contém, no seu bojo, uma formidável mentira. A greve
desta categoria, se observa os preceitos em uso há larguíssimo tempo, tende
para o desastre dos próprios que a levam a cabo. E isto, já sem falar dos
consequentes danos laterais sempre ligados a qualquer perturbação do habitual
viver comum. Cumpre, no entanto, reconhecer que um justo salário – que não é propriamente
o mesmo que um aumento de salários – se pode e deve integrar numa melhoria de
condições para o trabalhador pelo estímulo que disso tira. Simplesmente, essa meta não se logra palmilhando o infeliz roteiro da greve!
Sobre a greve como meio de combate a reivindicar melhores salários, é que se discorrerá e, a seu respeito, pergunta-se:
Concluída a greve, que visa salários mais
robustos, que resta de palpável? Temos que os trabalhadores, que lutaram por
melhores salários, satisfeitas as suas reivindicações, vêem aumentado o seu
poder de compra. Em princípio seria um resultado muito positivo se não fora o
que isso vai desencadear no universo laboral. É que a subida de salários
provoca invariavelmente um movimento que alastra por toda a economia e ainda
pela sociedade inteira, a qual também se ressente dos resultados assim
produzidos.
Realmente, após este passo e para repor o
equilíbrio, assistiremos a iniciativas de outros ramos económicos que irão
empurrar os seus contingentes de profissionais por igual trilho. Quer dizer:
completado o círculo, a posição relativa entre cada sector da actividade
laboral volta a ser precisamente a mesma.
Damos por incontroverso que, de entre os
promotores e participantes em greves, muitos estão pugnando, com recta
intenção, pela melhoria da sua situação material. Destes, não nos é permitido afastar
a existência de uma ignorância desculpável, quanto à malícia habilmente
escondida na complexidade que envolve este método de luta. Concedamos até que,
pela sua acção, buscam que o desfecho de uma greve venha reflectir-se na
saúde geral da economia, se atingem a vitória – ponto este que já não é tão
líquido e abre a porta a sérias dúvidas, dúvidas que estão fundadas na própria
essência do que a riqueza é e como surge.
Com efeito, riqueza não é senão capital com
trabalho incorporado. Estes dois elementos, tão distintos, têm de caminhar a
par, porque ambos são factores de riqueza. É, pois, de proscrever e do modo
mais radical, o crime de os lançar, um contra o outro, numa briga sem sentido.
Ao mesmo tempo, neste conúbio, é proibido deslocar o homem, titular do trabalho
(chamemos-lhe assim), para lugar subalterno. Uma vez que o homem é a causa
eficiente na produção económica, logo por aí, neste como nos outros
campos da sua vida terrena, ele guarda o posto de excelência.
Na sua origem, o capital é simples matéria
bruta, que o homem encontra, mas não cria: o seu autor é Deus. Entretanto,
temos que é o homem quem desenvolve trabalho; o capital não lhe custa pena,
porque lhe é oferecido na natureza criada por Deus, conforme se acabou de afirmar. Por
aqui, já se antevê a maior nobreza do trabalho em relação ao capital. Nunca,
pois, será lícito esquecer esta primazia do trabalho, pese embora a certeza de
que in ordo generationis, o capital provém directamente de Deus,
enquanto o trabalho é acção do homem. Todavia, não se há-de esquecer que a
prioridade se fixa por ordem de grandeza espiritual e não por precedências de
uma origem com maior ou menor antiguidade no tempo. Nestes termos, há no
trabalho uma causa final, que não se acha no capital – a glorificação do Criador!
A forma importa mais que a matéria, porque
daquela é que esta recebe o rosto. Por sua vez, na ausência do homo faber
não poderia a forma actuar. Pelo que o autor supera a forma que por ele é
imprimida à matéria. Está feita a obra. Neste trajecto, o autor da obra é o
trabalhador, o qual, repita-se agora e sempre, ocupa o posto primacial dentro
do processo económico. Há dúvidas sobre isto? Quem as tiver, abra os olhos e
dispa-se de preconceitos marcadamente burgueses!
Sigam juntos, portanto, os dois elementos da
riqueza a que se aludiu e que são os que há. Em união e nunca desavindos,
pondo diante de todos nós a imagem harmónica de uma perfeita articulação.
Porém, se alguma eleição cabe fazer, essa preferência irá forçosamente a favor
do trabalho.2 A explicação está dada. Só não a vê, quem não quer.
Regressando à greve, repise-se a
opinião já formulada: não é admissível negar que fracções da população, mais ou
menos numerosas, venham agindo, movidas de boa fé na crença de que aquele
procedimento é meio eficaz para defesa dos seus direitos. Aos que formam esse
grupo, muitos ou poucos é indiferente, se dirigem estas palavras.
A linha desenhada pelo percurso de qualquer greve
é o desmentido categórico das teorias, que proclamam este meio como o único capaz
para que o assalariado obtenha a paga justa do seu trabalho. O progresso
económico só aparece quando a produção sobe. A este crescimento, junta-se uma
maior riqueza, e é esta que tem virtualidade de proporcionar a concretização
desse belo sonho. Cautela, porém: há sonhos mentirosos! A justa repartição da
riqueza só se efectua quando e onde esta existe; e, para que exista riqueza
bastante a enfrentar necessidades cada vez mais exigentes, é imprescindível que
a produção aumente o seu volume.
O crescimento da economia depende do capital e
do trabalho, recorde-se. Já atrás ficou dito. Como agora se trata de um
fenómeno que respeita exclusivamente ao mundo do trabalho, deixemos de lado o
capital para nos centrarmos sobre o outro factor de riqueza.
Logo se verá como a greve, na medida em
que se limita a conseguir maiores remunerações, não pode realizar as lídimas
ambições de quem trabalha. Redunda num ciclo vicioso.
Se verificarmos bem, onde vão dar os aumentos
de salário? Desembocam numa dinâmica com resultado em tudo igual ao que
sucederia, se os detentores do capital decidissem trocar entre si o dinheiro
incessantemente acumulado, ao longo de sucessivas operações realizadas no
estilo que lhes é próprio. «Money which begets money, tal é definição do
capital na boca dos seus primeiros intérpretes – os mercantilistas.», anunciou
Marx.3 No entanto, esta permuta será infecunda, porque é sabido que
«a classe inteira dos capitalistas de um país não pode tirar benefício de si
mesma.», escreveu o mesmo autor.4 Como sobrevivem, então? Na
vertigem de uma depredação voraz e contínua, vão arrancar as suas mais-valias
de quem os serve com o suor dos seus rostos, a troco de contrapartidas muito
pouco ajustadas, quando não é caso de bradarem aos Céus.
Por isso, assim como a classe de capitalistas,
fechada sobre si mesma, não pode enriquecer, também os que se consideram
espoliados não esperem amuar mais dinheiro ao canto da lareira só com melhorias
salariais. Incorrer neste erro não conduz a outro desfecho que não seja o de
perpetuar um conflito. A solução nunca se deve buscar nas greves desta
natureza, porque a resposta imediata da classe economicamente dominante será a
de endurecer as suas condições de oferta de trabalho, na proporção exacta das
vantagens conquistadas pelos movimentos grevistas. No final, todos
perdemos!
Daqui, ser difícil compreender a pasmosa
cegueira dos que sustentam, como direito dos trabalhadores, o recurso a uma
táctica de luta que pouco ou nada lhes juntará. E é de esperar que por muito
felizes se dêem, se saírem ilesos dos manejos da classe que eles frequentemente
censuram com carradas de razão. Assim é lícito que através de uma observação
exterior, sem julgar do foro interno, fiquem a pairar, pelo menos, duas
interrogações: Há o desejo sincero de resolver questões laborais, por parte da
gente que advoga esse meio de reivindicar direitos a melhores retribuições
pecuniárias para quem trabalha? Ou será que se procura somente incitar a lutas
que não são solução de coisa nenhuma, porque apenas têm como finalidade
arrastar indefinidamente os problemas para benefício de propósitos
inconfessados?
Por outro lado e na sua pureza abstracta, a
ser viável o desenvolvimento da teoria que informa o acerto da luta por melhores
salários, cedo ou tarde, essa estratégia conduziria ao aparecimento não de uma
classe solidamente investida nos direitos que se arroga, mas sim na irrupção de
uma casta tanto ou ainda mais privilegiada e despótica do que aquela que vieram
derrubar, no cumprimento do ideário que professam. A este respeito, não
subsistam dúvidas: causas idênticas, num ambiente ele próprio também
idêntico, produzem efeitos idênticos!
A Rússia, de há cem anos, foi talvez a nação
onde se atingiu o mais alto grau de intensidade e de apuro na táctica de
movimentar grandes massas de trabalhadores. Os bolchevistas, mestres
insuperáveis na ciência de tratar a greve como uma arte, mostraram ao
Mundo como funciona uma estratégia de assalto ao poder,5 na qual as greves
assumiram e assumem papel de relevo. Neste campo, só é possível
comparar-se-lhes o que ocorreu na Alemanha nacional-socialista, diferindo
apenas nos caminhos percorridos e na filosofia política que inspirava o seu
modo de operar.
Sobre a matéria aqui versada, cabe ainda
advertir que o fenómeno histórico, que teve palco em terras russas, constitui
um quadro que teima em repetir-se. Desta vez, tudo indica, essa transformação
verificar-se-á no seio das economias mais avançadas, confirmando assim as
previsões de Karl Marx. O capitalismo será então vencido pelas suas
contradições internas, que são múltiplas e reais. Simplesmente, isto oferece
todos os dados para se concluir que nada mudou – teremos, então, o que já foi
dito: uma classe, com práticas mais ou menos refinadas, substituirá outra na
crueza da opressão infligida à que cai, com a qual aprendeu a brutalidade que
então, assim espera, será a sua vez de aplicar.
Vem a propósito, completar esta previsão que,
de resto, não é segredo para quem estuda e analisa tais capítulos da economia.
No ponto em que parámos, torna-se oportuno abrir um pequeno intervalo e,
aproveitando a pausa, interpor um trecho curtíssimo, de certa maneira já
implícito no que se escreveu. E não será pelo seu laconismo que deixará por
esclarecer a mensagem que transporta.
Essa mensagem declara como possíveis duas
categorias de greves: há a greve selvagem, que conduz à ditadura
proletária, como a História mostra; e há a greve do amadorismo
romântico, aquela de que os estrategos das greves do primeiro tipo se
riam e continuam troçando dela. É que eles não desconheciam, antes nem agora, a
sua inocuidade para a sociedade burguesa, precisamente aquela que alguns
sindicatos de trabalhadores dizem estar a combater. Acima, tocou-se no logro a
que leva esta greve, apenas idónea para funcionar como
válvula de escape e dar, aos que assim pugnam, a falsa impressão de que fizeram
muito. Não se voltará ao assunto. O suficiente ficou dito.
Fechada esta interpolação, retomemos o fio do
discurso:
Não raro, insista-se de novo, sucede que a
revolta e a indignação dos que trabalham são justas. Temos de reconhecer que
são relegados para o lote dos deserdados de uma fortuna que é comum, e que está
longe de ser repartida com equidade. Mas o confronto, como ele é procurado
pelos agitadores sociais, não é via adequada para o objectivo legitimamente
pretendido.
Sobre o que se discorre, não é correcto manter
o princípio de que os conflitos são inelutáveis pela simples razão de que
existem. Chama-se, pois, a atenção para o facto de que neste âmbito, como nas
demais relações em que o homem é actor, esses conflitos deviam desaparecer e
que é possível chegar a esse termo.
As diferenças enchem de cor o universo, mas
não implicam que haja um antagonismo necessário: onde existe antagonismo,
certamente há diferenças; porém, estas nem sempre pressupõem qualquer espécie
de choque. Na verdade, a vida é composta de categorias, que se conjugam e
dispõem ordenadamente para um fim determinado. Só nega a complementaridade
aquele que anda arredado daquilo que o rodeia. Num grau de abstracção, que se
situa em plano superior, percebemos a variedade que é o mais límpido testemunho
da transcendente unidade do Ser.
Dinheiro que gira sempre nas mesmas mãos a ninguém
dará saúde económica. Foi referido atrás e volta a lembrar-se. Essa circulação
é o ponto nevrálgico onde bate certeiro o ataque dirigido ao capital. De facto,
o mundo capitalista, virado para si mesmo, não amontoa riqueza até porque,
desacompanhado do trabalho, é impotente para a produzir e, assim isolado, não
consegue sobreviver. Para não desaparecer, ao capital só se lhe abre uma via
que ele nunca desdenhou: pagar menos do que o valor do trabalho realizado,
comportamento, aliás, ao qual já se aludiu!
Querem agora os trabalhadores, que sofrem,
teimar em ensaios de um modelo que está roído de podridão dos pés à cabeça? – É
um erro colossal, que não os tirará da agonia experimentada por uns e que
lançou outros num estado próximo da letargia. Esse erro disforme bem se pode
ter na conta de um suicídio profissional!
Desejam conquistar a dignidade que se lhes
deve? – É, de todo em todo, pertinente aspirar a esse resultado, porque ele é
merecido. Mas que saibam: o caminho para o triunfo não passa por greves
onde se grita por mais dinheiro.
A organização laboral tem de ser revogada de
alto a baixo e de uma ponta à outra: nem o capital sufocando o trabalho; nem
este ignorando aquele! Quem recusar esta saída, cria condições para que nasça
um monstro: corpo dividido ao meio e em que cada metade está privado da outra
que o devia completar.
O capitalismo veio e nada resolveu; o
socialismo opôs-se-lhe e também não curou os males. São sistemas que parecem
enfrentar-se e, nessa hostilidade simulada, se esforçaram para que ninguém
desse pela imperfeição que toca aos dois: a cada um deles falta o que o outro
possui. Isso mesmo se acabou de assinalar.
Neste momento, o que importa acrescentar é que
a solução para este angustiante problema se não reduz à intervenção de uma
política, que se limite a modificar a legislação sobre o tema que se vem
tratando. A resposta encontra-se num patamar mais elevado: a mudança requer uma
reforma profunda de mentalidades e instituições.
O vocábulo revolução, o que mais gostosamente
acudirá à boca de muitos, não será sensato usá-lo. Não convém esquecer que essa
palavra, tomada universalmente, é sempre condenável.6 Pelo que se
tem por deslocado o seu emprego, na altura precisa em que se tenta apontar uma
linha salvadora para este drama. Por isso é que se substitui por outro – restauração
– e assim, o que urge fazer (nisto como em tudo), é restaurar a ordem
natural, há bastante tempo violada.
Joaquim Maria Cymbron
____________________________________________________________
- Mais
uma vez, valham-nos os ensinamentos do Anjo das Escolas para
encontrar resposta aos problemas que afligem a humanidade. As greves,
como distúrbios sociais que são, pedem tratamento equivalente ao que é
dado a outros conflitos que os homens travam entre si. Por isso, não
admirará que se faça remissão para a doutrina elaborada por S. Tomás de
Aquino, onde este grande teólogo e filósofo se debruça sobre os vícios
opostos à paz (Summa Theologica, II-II, q. 40, a.1; q.
42, a.2, ad.3).
- Do
valor do trabalho na produção económica, entre muitas outras fontes, temos
as palavras que S. João Paulo II nos legou na preciosa Encíclica Laborem
Exercens, maxime §§ 7, 12, 13, 14 e 15. Dificilmente, busque-se
onde se buscar, se irão encontrar trechos mais esclarecedores no que
respeita a este ponto específico.
- O Capital
I, cap. IV, Delfos, 7.ª ed.
- Ib.
cap. V.
- Foi
Lénine, através da III Internacional, quem deu o toque genuinamente
revolucionário à praxis socialista, enchendo-a de uma mística
inconfundível. Entre nós, destaca-se Cunhal como intérprete fiel e hábil
da dialéctica marxista-leninista. É modelar a lição que nos deixou nos
trabalhos preparatórios do VI Congresso do PCP (Rumo à Vitória,
Edições Avante). Terminou num insucesso não obstante a lucidez, até hoje
inigualável, que esse documento mostra entre as mais forças oposicionistas
do xadrez político nacional, tal como esse tabuleiro se apresentava no período
que antecedeu o 25 de Abril. Quando soou a hora crítica e decisiva,
no Verão Quente de 1975, entre dois peões da Revolução Universal
– a democracia burguesa e a democracia proletária – aconteceu que
Kissinguer decidiu avançar o primeiro deles.
- Revolução,
na acepção absoluta e não relativa do termo, é a sucessão de desacatos à Lei
Eterna, e que teve Lúcifer à testa dos anjos rebeldes. De resto, é na
sua linha que também se insere toda a conflitualidade do mundo
económico-laboral.
JMC
2 comentários:
Boa noite, muito obrigado pela sua generosidade na partilha de ideias. Magnífico texto. No início escreve sobre capital e trabalho e ao trabalho acrescenta a glorificação do Criador no entanto, não será o trabalho uma consequência do pecado?
Sobre todo o texto eleva-se um enorme conteúdo de perguntas e reflexões muito interessantes.
Henrique Afonso .
Só hoje, aqui vim.
A sua interrogação é pertinente. Realmente lá diz o texto sagrado: " (...), maldita seja a terra por tua causa. E dela só arrancarás alimento à custa de penoso trabalho, em todos os dias da tua vida." Mais um passo e lê-se: "Comerás o pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de onde foste tirado;" (Gn 3, 17 e 19).
Simplesmente, o trabalho é oblação de um ser humano a Deus enquanto o capital está à disposição do homem, que o encontra mas não cria. De entre ambos, é consequentemente o bem com maior dignidade para ser oferecido a Deus, assim O glorificando!
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